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sábado, 15 de dezembro de 2012

O "Se" e a Natureza

            Há uma valsa que dança e rodopia no salão da minha alma. Fico imaginando como Deus pode me amar e ser tão perfeito. Todas as notas, de todos os instrumentos são tão maravilhosas, elas se misturam e se alinham como uma ópera feita para uma pessoa só. Fazemos tudo para que alguém possa ver quão grande é o Senhor, mas sem percebermos, a natureza fala por si mesma. Ouvi uma frase: "Naquele momento, em que eu vi a luz do sol refletir sobre as camadas de areia, e era tão bonito... foi a primeira vez que pensei que Deus poderia existir".
Qualquer pessoa que dirija ao redor de pensamentos puros, pode perceber que o vento que balança nossos cabelos é a manifestação da glória de Deus e é ela quem nos deixa vivos. De joelhos no chão, não pretendo viver a vida que escolhi, mas a vida que ele escolheu. Porque ela será muito boa, estará em perfeição com a agradável vontade daquele que me ama e muitas vezes, não entendo o porquê. Se tivesse uma agenda em minha cabeça, provavelmente não pararia de escrevê-la, não pararia de repassar como um filme todas as vezes que vejo o por do sol, ou que vejo as ondas do mar. Se cada reflexo que atinge a água com as cores do arco-íris iluminasse as pessoas, viveríamos em um mundo melhor, quem sabe mais atento às coisas que não podem ser descritas. 
             Se eu fosse a água, poderia então balançar com o vento e não precisar tentar descrevê-lo. Enquanto isso não acontece, vou me misturando com as outras pessoas em um conjunto de sensações que presta atenção em tudo, na intenção de capturar mais sons e mais formas diferentes de tudo em relação à tudo. Sabe, não gosto de competições, gosto de admirar as coisas em um mesmo nível. Em um mesmo nível está o céu, o mar, as árvores e toda a beleza da criação. Há sintonia, simetria em um "Quão Grande é o Meu Deus". Se pudesse, transformaria as bolinhas que a água faz em alguma coisa material. Distribuiria um pouco de percepção pela cidade para que ninguém se preocupe com o tempo e seja seu escravo. Para que, no final, entendam que os dias passam muito rápido pelos nossos olhos e às vezes visões sobre o futuro nos deixam confusos. 
           Assim, não faço condolências à natureza, porque tudo o que escolho fazer, sentir, ou deixar de sentir, é por causa da comunhão que ela me faz ter com Deus. E ela se mostra tão palpável. Se espalha como uma gota que cai em uma lagoa e reflete sua luz em nós como em um dia ensolarado. Não consigo descrever de verdade com palavras, nunca fico satisfeita com o que tento escrever sobre o que ela me faz sentir. Porque...
"tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude..." Filipenses 4:8.
...louva a Deus e tem sua canção própria de adoração. É por isso que não só vejo, sinto. 
Agora, veja o O Canto das Estrelas, a natureza faz por ela mesma.
 

A.C. Confessor