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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

São os detalhes


É como estar em uma janela e ver a vida passando pelos seus olhos. Todas as pessoas contando em seus movimentos uma história, cada uma do seu jeito. Tudo o que eu preciso é que elas contem um pouco do que elas sabem sobre a vida e toda a sua experiência. É o prêmio que preciso. Flutuo cada vez que olho pelos olhos que ninguém vê. Justo quando estou para baixo é que não existe melhor forma de se recompor do que olhar algumas pessoas conversando ou a lua brilhando. Nunca será suficiente para mim não estar completamente nesse caso e fazer isso sem você. Como um vento que sopra indo embora, precisamos ser  o que é mais que o suficiente, para assim sermos livres. E você já sabe o que é isso. No meu jeito, tudo o que preciso é uma linha que coloque todas as coisas no lugar, mas às vezes isso não acontece e nunca seremos nós mesmos se olharmos para o que esperamos no nosso próprio tempo. As coisas vêm em seu tempo fixo, sem nenhuma confusão. Como um caso que desabrocha sem brechas, como uma vida que não se esconde e como alguns olhos que vêm o que não se vê. É como as cores da lua no seu brilho que talvez se desloque, ou não, e é como um gato lambendo as patas no telhado, assim como também é a música no final do filme que toca quando dá vontade de chorar. Porque, se você come caramelo ou marshmallow, ou lambe os dedos e fica brilhando de chocolate, não faz mal, tudo o que você precisa é o que faria novamente e novamente...
Sabe, é difícil acompanhar os dias em suas poucas horas, mas ganhar tempo entre nossas tolices é sair do tempo. Olhando para um novo lugar, os sentimentos ainda acabam nos mantendo e tudo o que é difícil se torna como rodear o vento em uma valsa de cantos, outono e um vestido de renda na grama. E se isso ainda não é suficiente, você encontrará um jeito de também flutuar e Ele fará que, nas coisas que acontecem, aja um bem que excede simplesmente o saber, mas chega ao nível de aprender que não foi nada nem ninguém abaixo do que não se vê. E a isso, nós chamamos de acreditar.

Por A.C. Confessor