Páginas

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E a culpa é de quem? - Escrito na pior parte de 2010

   Para pessoas que não sabem o que querem ser exatamente: Eis-me aqui, mas por que? Por que sou igual a elas. Newton diz que para cada ação, uma reação. No que tange a vida futura existe um dúvida, na qual de alguma forma se tem uma reação, contrária ou não ao que foi, ou não planejado e se não, levo isso como reação existente. Bem, Newton também diz que nem sempre uma ação, necessariamente, teria uma reação, ele deve ter previsto esses casos como o menos normal.
   A princípio, tenho somente uma vaga ideia do motivo de escrever isso, e essa vaga ideia me tomou inteiramente e intensamente que só tenho vivido para ela. Abdiquei de pessoas e no momento o meu único parceiro é o computador, digo, o parceiro chamado distração, por que na maioria das vezes os meus parceiros são as forças de atrito entre o mundo capitalista e socialista, são as células que estão geograficamente localizadas por todo o corpo e que me surpreendem com o tamanho da sua concentração e equilíbrio e são ainda os mais problemas exponenciais que, com certeza, gostaria que fossem ex.
   No geral, das pessoas mais normais, sou normal. No instante do ano é que me faço estranhamente estranha e a culpa não é minha.

domingo, 23 de janeiro de 2011

De volta a um ensaio de Ballet


    Passei um dia desses por um lugar que me lembrou do antigo sapateado dos meus pés. Era um salão, já caído, onde só se via o espelho, em que na frente ainda ficava a barra que apoiava minhas pernas. Meu pacote de compras  caiu no chão e eu estava rodopiando em uma pirueta sobre sapatilhas rosa ensaiando para a apresentação de final de ano com as Abelhinhas que eram tão fofas quanto os ursinhos do meu quarto de 15 anos.
          Estava refazendo tudo de novo, mas agora no meu novo quarto de casal em que a única amante era eu. Esse quarto era alaranjado e tinha um papel de parede. Fiz o que pude para que ele me lembrasse uma relíquia. Nessa mesma hora, a que olhei-me no espelho, me lembrei do parágrafo que havia passado e da sinfonia de Beethoven que senti vontade de ouvir.
         Voltei para a frente do computador e retornei para os projetos dos meus tetos solares, uma forma que encontrei para tirar um pouco o peso da consciência da minha antiga fórmula de ajudar o mundo, porém no exato momento, sou eu que deveria ter. A exclusividade dos raios de sol para secar as minhas lágrimas não servem de argumentos para a minha dor.